Amigos de Adriana Villela

27/09/2010

O fantástico poder da mídia

Filed under: Notícias — by amigosdeadrianavillela @ 19:21

Por: José Cleves da Silva

 O Fantástico exibiu, domingo, uma entrevista feita com a arquiteta Adriana Villela, indiciada pela polícia e denunciada pelo Ministério Público por suposto envolvimento na morte trágica de seus pais, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela e a advogada  Maria Carvalho, mais a empregada do casal, Francisca Nascimento.

A tragédia ocorreu no dia 28 de agosto do ano passado no apartamento do casal. A polícia não conseguiu esclarecer o caso no tempo hábil e a imprensa falhou na parte mais perigosa da  notícia, pela falta de questionamento sobre a contraditória investigação policial, é o que avalia esse blog.

Antes de falar para a Globo, Adriana demonstrou-me a sua preocupação quanto a forma com que a matéria seria veiculada, naturalmente temendo mais um linchamento público. Suas preocupações eram justas – afinal, em casos dessa natureza a imprensa tem se preocupado muito mais com a acusação do que com a defesa, na maioria das vezes prejudicada pelo pouco espaço que lhe é dado.

Acompanhei o noticiário com o ceticismo habitual de quem já passou por esse drama. Embora desaprove a chamada que relaciona o drama de Adriana com o de Susana Hitctoffen (“duas mulheres acusadas de matar os pais”), considerei a reportagem positiva no ponto de vista jornalístico, até porque, de fato, a única coisa que elas têm em comum é exatamente a acusação.

São situação distintas, no ponto de vista do envolvimento de cada uma no crime. Adriana tem a prerrogativa de presunção da inocência, diferentemente do caso de Susana que é ré confessa. Foi condenada a 38 anos de prisão e demonstra uma personalidade psicopata.

Equidade jornalística

A equidade jornalística exige um equilíbrio cauteloso sobre denúncias dessa natureza, quando o réu é inconfesso e não há elementos probatórios que justifiquem um convencimento pleno da culpa. Neste caso, recomenda-se um espaço maior para o suspeito, que na fase de trepidação moral não teve a oportunidade de se defender nos autos, exatamente porque a investigação policial não permite o contraditório.

Por essa razão, considerei a reportagem do Fantástico séria e pautada no interesse público, na ética e no bom senso, ao permitir que a filha dos Villela pudesse, enfim, se pronunciar a respeito das acusações que lhe são feitas pela polícia e a imprensa que, salvo algumas exceções, comprou lacrada a versão policial.

Adriana foi corajosa ao fugir do senso comum e criticar duramente o trabalho da polícia. O protesto público e desafiador de pessoas acusadas de algum crime é um bom sintoma de inocência. Embora seja um direito sagrado do cidadão acusado silenciar-se (art. 5º da CF), esse silêncio, embora às vezes estratégicos (seja para evitar uma exposição maior, por medo de retaliações ou de interpretação equivocada da mídia e da opinião publica e/ou, ainda,  por uma mera estratégia da defesa), nunca é bom para quem é inocente. Afinal, quem cala consente.

 As contradições

Relaciono abaixo algumas contradições da atabalhoada investigação policial que me dão motivos suficientes para acreditar mais na inocência do que na culpa da filha dos Villela:

1)-  Adriana nega a autoria do crime e não há no inquérito nenhuma prova concreta de que ela participou do mesmo. Não há testemunhas, não há prova material e circunstancial (alguém, de seu porte físico não teria condições de esfaquear três pessoas sem sofrer qualquer arranhão);

2)- A mecânica do crime indica que houve mais de um elemento na cena do crime e essa pessoa não é identificada no inquérito;

3)- O argumento de que Adriana seria a mandante do crime é prejudicado pela ausência dos executores, nunca apresentados pela polícia:

4)- A polícia diz que Adriana matou para ficar com a fortuna dos pais, mas não é razoável imaginar que alguém, tão esclarecida e pacífica (não há relatos de agressividade e de insanidade mental em seu histórico de vida), mandaria matar os seus pais, já idosos, ainda mais a golpes de faca, para ficar com uma herança da qual já desfrutava;

5)- Foram roubados dinheiro e objetos de valor, o que reforça a versão de um assalto, como suspeita a filha do casal;

6)- As vestes das vítimas, extremamente importantes para as investigações, foram destruídas no Instituto Médico Legal (IML), prejudicando sensivelmente a apuração dos fatos;

7)- Adriana tem o apoio da família e de sua legião de amigos que têm demonstrado solidariedade mais do que o suficiente para colocá-la acima de qualquer suspeita.

Por essas e outras razões, considero altamente positiva a reportagem do Fantástico ao permitir que a filha do casal desse a sua versão dos fatos nesta fase critica da  notícia. Principalmente porque Adriana já foi presa, algemada e execrada publicamente na fase policial, portanto, “condenada” muito antes de seu julgamento.

Pode-se dizer que o generoso espaço ocupado por Adriana na Globo domingo revela o fantástico poder da mídia que, quando quer, exerce um papel importante e esclarecedor em benefício da cidadania,   independentemente do resultado final dessa tragédia kafkaniana.   

Disponível em: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/o-fantastico-poder-da-midia?xg_source=activity

Evangelina Albanezi – amiga de Adriana

Filed under: Depoimentos — by amigosdeadrianavillela @ 15:08

Querida amiga Adriana,
Venho te dizer mais uma vez que estou com você o tempo todo.
Sempre estive e sempre estarei.
É inacreditável o rumo e a proporção que tomaram investigações e notícias.
Quem conhece você sabe o quanto estão em um caminho errado.
Eu a conheco bem e tenho certeza da sua inocência.
Naturalmente a vida nos levou para caminhos diferentes, mas nossa amizada é muito bem consolidada desde adolescentes … ou seríamos mesmo ainda crianças …
Tantos momentos bons e difíceis vivemos juntas que nos garantiram o presente da amizade, da confiança.

Fico me lembrando da última vez que estive com Maria e José Guilherme, na festa junina da chácara …
eles estavam tão felizes, com você, Augusto e as netas.
Me lembro como Maria estava radiante com todos reunidos.
Tenho certeza que os dois estão transmitindo para você toda a força e apoio, como sempre fizeram para te ajudar a suportar este momento.

Continuo em oração para que tudo se esclareça logo.
Que o Espirito Santo ilumine você e todas as pessoas envolvidas (investigações, inquérito, justiça e imprensa), para que a verdade prevaleça.
São Miguel Arcanjo estará ao seu lado para te dar forças.
Beijo com amor,
Evangelina.
Minha mãe, meu pai, Pedro e Victor também mandam abraços.

Maria de Barros – amiga de Adriana

Filed under: Depoimentos — by amigosdeadrianavillela @ 15:06

Por achar que é relevante neste momento, escrevo para contar a quem possa se interessar o que sinto e penso sobre Adriana Villela.
Adriana é uma pessoa que eu admiro, e que sempre vi associada a movimentos e pessoas que eu considero “do Bem”. Nunca chegamos a conviver muito, mas nossos contatos vêm acontecendo há uns quinze anos, geralmente nas casas de amigos comuns, e foram sempre marcados por um carinho que infelizmente a correria das nossas vidas nunca nos permitiu aprofundar.
Na última vez em que nos encontramos eu estava fazendo um mestrado. Adriana foi extremamente generosa ao compartilhar comigo sua experiência como mestranda, que teve como um dos frutos a dissertação “Construção com Vidro, Gente e Sucata: reaproveitamento de recursos naturais do vidro e da criatividade humana na Cooperativa 100 Dimensão do Distrito Federal”. Fiquei apaixonada pelo trabalho, que por si só revela o empenho de Adriana na construção de uma sociedade mais justa e de propostas de desenvolvimento sustentável, mostra sua luta pela preservação da vida, de seu comprometimento com a criatividade, seu cuidado com o nosso planeta e com o ser humano. Depois do nosso encontro, Adriana ainda teve o trabalho de procurar e mandar por e-mail vários textos e sugestões bibliográficas que contribuíram imensamente para o meu curso.
A cada vez que vejo na TV ou jornal reportagens sobre esses assassinatos terríveis, sinto com muita tristeza o sofrimento de Adriana, trazido por essa perda tão grande e potencializado pelos requintes de crueldade das acusações. Junte-se a extrema incompetência da polícia na apuração dos fatos, com a irresponsabilidade da imprensa, e vemos como fica fácil escolher como alvo uma pessoa pouco convencional como Adriana, difícil de engolir por sua independência, seu pensamento original, sua vida que foge aos padrões.
Meu coração diz com muita clareza que Adriana é inocente.
Minha querida, rezo para que tudo isso passe logo, e para que a Cidade e o País encontrem a justiça que merecemos. Tenho certeza que tudo isso vai servir para lhe fazer ainda mais forte e iluminada!
Maria de Barros

Marcia Godoy, amiga da Adriana

Filed under: Depoimentos — by amigosdeadrianavillela @ 15:02

Estive com a Turyna poucas vezes, socialmente, por ser ela uma boa amiga de um caríssimo amigo que temos em comum.
 
Nas vezes em que estive em contato com ela, pude observar sua força, sua fé e sua alteridade, o que a leva a buscar um mundo melhor, preocupada em promover algo bom para os menos favorecidos.
 
A Turyna é pessoa do bem… É uma pessoa que tem amigos verdadeiros, de longa data, pessoas sensíveis e inteligentes, que não se enganam facilmente… Parabéns, Adriana, por ter essa corrente de amigos fortes e corajosos, que orgulham-se em manifestar, aqui, a amizade que sentem por você.
 
Venho acompanhando, incrédula, o horror a que a Adriana vem sendo submetida. Não é possível imaginar que uma pessoa como ela possa ter envolvimento na tragédia que se abateu sobre sua família. Tudo isso é muito sórdido.
 
Sou mais uma das pessoas que está estarrecida diante desse enredo macabro que foi tramado contra a Turyna, a quem envio, todos os dias, pensamentos de luz, amor e fé e por quem diariamente peço bênçãos, proteção e acolhimento da Vida, extensivos a todos o que convivem com ela.
 
Isso também passará.
 
Marcia Godoy

Francisco De Castro – amigo de Adriana

Filed under: Depoimentos — by amigosdeadrianavillela @ 15:00

Conheci Adriana em 2004 através de um primo e amigos em comum. Um dia ela me deu carona até minha casa e ficamos conversando no carro sobre a vida, valores, viagens. Ela me pareceu uma mulher interessante, determinada, verdadeira. Falamos sobre família também,  já que eu tinha sido aluno de uma tia dela (uma das melhores professoras que tive na UNB: Ana Maria Villela). Logo depois tive o prazer de ser seu noivo numa quadrilha quando nos divertimos muito! Saudades de você Adriana, e a certeza de que você tem que sair logo desta armadilha na qual fizeram você cair. Beijos, Chico.

Telma Firme – amiga de Adriana e Zé Batista – conhecido de Adriana

Filed under: Depoimentos — by amigosdeadrianavillela @ 14:56

 Turina
Quando é preciso mais de mil páginas para se pretender demonstrar alguma tese jurídica, a tese é falsa, as conclusões não partem das premissas.

Provas penais são diretas, e quanto mais simples, maior seu poder. O pedido da prisão preventiva foi o reconhecimento explícito pelo Estado de que nada há contra você.

Se foi preciso muita demanda do intelecto, o subjetivo foi o imperador desta construção, não há a clareza solar que é exigida do conjunto probatório formado para se imputar a alguém a prática de qualquer fato típico e antijurídico, ainda mais um que tanta mácula traz sobre quem dele é apontado autor.

Cremos que a sua tranquilidade lhe foi devolvida, o Estado demonstrou que nada conseguiu provar contra você, mas foi por um modo tão bruto, que de início é chocante, mas logo veremos que o que houve foi ato de arrogância do Estado.

Você está bem nutrida pela imensa onda de energia do bom e do bem, que emanam de você e de todos nós que estamos abraçados juntos com você à árvore da vida.

Lidia Balduino – amiga de Adriana

Filed under: Depoimentos — by amigosdeadrianavillela @ 14:50

Turiníssima,

(porque você é no superlativo desde que te conheci, né?)

Não sei bem o que dizer ou como dizer. Sei que somos amigas. Sei que você recicla garrafas, acolhe amigos e tem uma gargalhada deliciosa. Sei do tear que tem em casa e vi o último cachecol que você fez com ele, para a sua filha, entremeado por fitas de Nosso Senhor do Bonfim, belíssimo, como tudo o que você faz. Sei do seu talento como artista, do seu coração enorme. Tenho certeza da sua inocência e da sua força para enfrentar todo esse transtorno. Acredito que o transtorno é passageiro e os benefícios serão temporários. Espero te ver rindo mais, dançando, fazendo tudo o que você gosta. Espero que nos encontremos em breve.

Boa sorte, flor.

Com o meu amor,

Bodhi Lidia

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